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Produtividade no trabalho

Um estudo multicêntrico publicado na Fertility and Sterility analisou o impacto da endometriose em relação à qualidade de vida e à produtividade no trabalho.

A pesquisa analisou 1.418 mulheres entre 18 e 45 anos (em diferentes países) sem diagnóstico prévio de Endometriose.

O tempo para o diagnóstico da doença durou cerca de 6 a 7 anos (desde os sintomas até o diagnóstico definitivo através de Laparoscopia), sendo que em países onde a Saúde é assistida pelo Estado esta espera foi maior (8.3 anos versus 5.5 anos). Este atraso foi associado ao número variado de sintomas pélvicos (cólicas menstruais, dor na relação sexual, dor pélvica crônica e fluxo menstrual em grande quantidade) e ao aumento do IMC.

O impacto na qualidade de vida foi significativamente maior nas portadores de endometriose em comparação com mulheres com sintomas similares mas sem endometriose. 

Observou-se também que a portadora de endometriose perde em média 10.8 horas por semana de trabalho, reduzindo principalmente a sua eficácia durante o trabalho. 

A perda de produtividade foi traduzida como custo por mulher/semana e demostrada na Itália por US$ 456 dólares por semana de custo.

Portanto, enquanto o impacto da endometriose na qualidade de vida e na produtividade no trabalho atinge diversos países e etnias, muitas mulheres aguardam o diagnóstico em centros de atendimentos primário. Por isso, é necessário uma maior suspeita por parte dos médicos no diagnóstico desta doença para agilizar o encaminhamento para uma avaliação especializada desta mulher.

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