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Recursos, ciência e mobilização pela endometriose

Em 2021, os Estados Unidos investirão US$ 26 milhões em pesquisa científica dedicada à endometriose. A EndoFound, uma ONG americana que divulga informações sobre a doença e luta para ampliar acesso aos tratamentos, afirmou que esse valor é o dobro do que vinha sendo investido nos últimos anos. E tem mais: os estudos sobre endometriose voltaram a fazer do Programa de Pesquisa Médica Revisada pelo Departamento de Defesa, que cuida de questões estratégicas para o país.⠀

Essas conquistas foram iniciadas pela congressista Abby Finkenauer que tem endometriose e criou um fundo para pesquisa endo. Ela mobilizou apoiadores que cobraram apoio de outros congressistas que foram sensibilizados e votaram pela duplicação do orçamento. ⠀

Além de ser uma boa notícia que trará um impacto positivo para comunidade científica e, consequentemente, para as EndoMulheres, compartilhei essa informação para chamar a atenção para três pontos:⠀

  1. A importância da pesquisa científica: com o advento da vacina para a Covid-19 ficou mais claro para a população a importância do investimento em produção científica médica e isso, logicamente, também inclui endometriose. Estima-se que 200 milhões de mulheres sofram com essa condição no mundo. Novas descobertas ajudam a melhorar a qualidade de vida delas e das gerações futuras.⠀
  2. A endometriose é um problema de saúde coletiva: precisa estar na agenda e no orçamento dos gestores públicos (principalmente os de saúde) de todas as esferas de governo. O exemplo dos EUA guardadas as devidas proporções, precisa ser seguido.⠀
  3. Mobilização: a iniciativa de uma congressista resultou em uma grande conquista. Esse é um caminho que também podemos seguir. EndoMulheres, apoiadores, profissionais e instituições de saúde podem unir forças para mostrar aos legisladores e governantes a necessidade de ações mais efetivas e pujantes pela questão da endometriose no Brasil.⠀

Precisamos refletir sobre tudo isso, pois a causa é nobre e necessária.

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